Record News: diretor do Iede analisa resultados do Brasil no Pirls

2023-06-02T10:43:45-03:00 17/05/2023|

O diretor-fundador do Iede, Ernesto Martins Faria, concedeu uma entrevista ao jornalista Rafael Algarte, no programa News 19 horas, na Record News, sobre os resultados dos estudantes brasileiros no Estudo Internacional de Progresso em Leitura, tradução de Progress in International Reading Literacy Study (Pirls), lançado na terça-feira (16). 

Acesse aqui um livreto produzido pelo Iede com análises dos resultados do Brasil no Pirls

O Pirls é uma avaliação global de Leitura, que existe desde 2001, e é aplicada a alunos do 4º ano do Ensino Fundamental. É a única avaliação internacional desta etapa, com dados colhidos durante a pandemia de Covid-19, e cujos resultados são comparáveis entre os países. Em 2021, o Brasil participou pela primeira vez com uma amostra representativa de estudantes de escolas públicas e privadas, de todas as regiões do País. Ao todo, 65 países ou regiões foram avaliados, sendo o Brasil o único da América Latina no grupo. 

Os resultados obtidos pelo País são preocupantes: com média de 419 pontos, está muito distante da média dos países desenvolvidos, e à frente apenas de Jordânia (381), Egito (378) e África do Sul (288). Na entrevista à Record News, Faria explicou como a avaliação foi aplicada, sua importância, diferenças entre o Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) e o Pirls, que é mais exigente, e como analisar os resultados do Brasil.

“Foi uma avaliação para dar um retrato do nível de aprendizagem na primeira etapa do Ensino Fundamental, e os resultados foram ruins. Cerca de 20% das crianças não conseguiram fazer a avaliação e mesmo estudantes de melhor desempenho ainda estão em um patamar baixo. Só 10-12% estão em um patamar satisfatório”, explicou. 

Segundo ele, é preciso refletirmos sobre as avaliações de aprendizagem que o Brasil aplica, como o Saeb. “Tínhamos a impressão, pela avaliação nacional, que a primeira etapa estava evoluindo, mas essa avaliação aponta que o patamar é baixo e precisamos adotar um rigor maior em avaliações nacionais”, diz ele. 

Assista a entrevista na íntegra:

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