Diário do Nordeste: MEC institui critérios para definir se crianças estão ou não alfabetizadas; o que muda nas escolas?

2023-06-06T11:08:41-03:00 06/06/2023|

Para definir os parâmetros o Governo Federal fez uma pesquisa com professoras alfabetizadoras e especialistas das cinco regiões brasileiras

Por Thatiany Nascimento,

Estabelecer critérios que possam definir se uma criança está ou não alfabetizada, considerando a realidade dos 5,5 mil municípios brasileiros. Essa foi a tarefa que o Ministério da Educação (MEC) se propôs no início da nova gestão e, na semana passada, apresentou o resultado: traçou parâmetros, estruturados em uma escala de pontuação, que delimitam exatamente o que crianças com 7 anos de idade precisam atender no Brasil para serem consideradas alfabetizadas. Até então, o país não tinha esse tipo de referência.

No Brasil, na relação idade-série, a projeção é que crianças com 7 anos estejam no 2º ano do ensino fundamental, e as normativas educacionais preveem que nos dois primeiros anos dessa etapa, a ação pedagógica deve ter como foco a alfabetização. Porém, as avaliações, até então, não definiam especificamente o que é um estudante alfabetizado.

Agora, novos critérios foram traçados para delimitar se os estudantes desta etapa estão ou não alfabetizados. Esse referencial é proveniente da pesquisa “Alfabetiza Brasil”, realizada pelo MEC e pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) com 251 professoras alfabetizadoras em 206 municípios das cinco regiões brasileiras e com especialistas, entre abril e maio de 2023.

(…)

Já o diretor-fundador do Instituto de Interdisciplinaridade e Evidências no Debate Educacional (Iede), Ernesto Martins Faria, explica que não há uma definição mundial consensual do que é alfabetização, nem mesmo sobre qual a faixa etária em que a criança está alfabetizada.

“Temos tendências, e até mesmo nas avaliações são seguidas os chamados preditores de alfabetização. Temos várias avaliações da educação infantil, no 1º ano do ensino fundamental, olhando para características e habilidades importantes para os alunos dominarem, para terem um bom desenvolvimento infantil. Mas é muito difícil”.

ERNESTO MARTINS FARIA, diretor-fundador do Iede

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