Retrospectiva 2019: lançamento do Mapa da Aprendizagem, publicação do estudo Excelência com Equidade e mais!

2019-12-23T12:46:04-03:00 20/12/2019|

Em outubro de 2019, o Iede completou dois anos de existência. Foi um ano de grandes desafios, mas também de muitos projetos bacanas e muitas conquistas. Conheça um pouco do que fizemos:

Analisamos os questionários do Saeb 2017

No início do ano, analisamos as respostas dos professores, diretores e alunos aos questionários do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) 2017. Dividimos as questões em seis PDFs: Desafios Escolares; Gestão Escolar; Ambiente Escolar; Inclusão e Formação para a Diversidade; e Perfil dos diretores, professores e alunos

Por meio desse estudo, descobrimos muita coisa. Por exemplo: 60% dos diretores afirmaram que faltaram livros didáticos para os alunos, em 2017; 61% dos professores de 9º ano não conseguiram cumprir o conteúdo programado para o ano; e 90% dos diretores declaram que há pelo menos um aluno com deficiência ou necessidade especial na escola.

Lançamos a plataforma Mapa da Aprendizagem

O Mapa da Aprendizagem traz as médias e o percentual de alunos com aprendizado adequado de todos os países participantes do Pisa, divididos por nível socioeconômico e sexo. No caso do Brasil, há os dados também por região. Há ainda várias questões que permitem compreender melhor quem são esses estudantes, como se já repetiram de ano e se esperam concluir o ensino superior. Esse projeto teve apoio da Fundação Lemann e do Itaú BBA e foi desenvolvido pela Fábrica de Ideias Brasileira (FIB).

Com os dados do Pisa 2018, iniciamos uma discussão sobre as desigualdades educacionais no país, que está entre as maiores do mundo. Alunos de nível socioeconômico alto estão quase 3 anos de aprendizagem à frente dos estudantes de nível socioeconômico baixo. O G1 e a GloboNews fizeram reportagens sobre o assunto.

Publicamos o estudo Excelência com Equidade no Ensino Médio

Ainda em grandes lançamentos, em 2019, publicamos o estudo Excelência com Equidade no Ensino Médio, que também só foi possível graças ao envolvimento dos nossos parceiros: Fundação Lemann, Instituto Unibanco e Itaú BBA.

Analisamos muitos dados e visitamos escolas e secretarias de Educação em quatro estados (Ceará, Pernambuco, Espírito Santo e Goiás), com um objetivo: entender o que fazem as escolas públicas de ensino médio que conseguem bons resultados com alunos de baixo nível socioeconômico. O estudo traz várias ações e práticas comuns, que podem servir de inspiração a outras redes!

Olhamos para os dados da rede SESI

O Excelência com Equidade não foi o único projeto de ensino médio do ano, nós também prestamos uma consultoria para a Confederação Nacional das Indústrias (CNI) com intuito de analisar os resultados das escolas da rede Sesi em relação às demais escolas de ensino médio do país. A ideia foi fornecer subsídios para decisões estratégicas da rede, visando a melhoria do ensino e aprendizagem de cada um dos estudantes!

Não nos esquecemos dos professores…

Eles são o fator escolar que mais influencia a aprendizagem dos estudantes. Neste ano, em parceria com o Instituto Península olhamos para dados sobre a formação integral dos professores (trajetória, formação inicial e continuada, aspectos socioemocionais, propósito e saúde) e sobre o que pensam os concluintes de cursos de pedagogia e licenciaturas.

Como suporte à Nova Escola, analisamos os resultados de avaliação de impacto de planos de aula, conduzida em 2018 pela faculdade de economia da USP de Ribeirão Preto. Também demos seguimento à coluna Pesquisa Aplicada, que semanalmente leva informações de pesquisas para professores.

…Nem da BNCC

Junto ao Movimento pela Base, estudamos as mudanças necessárias nas avaliações para que estejam alinhadas à Base Nacional Comum Curricular (BNCC), tanto no nível nacional como de redes e escolas.

Ajudamos organizações a terem seu impacto ampliado

Fizemos uma consultoria para a Tide Social, apoiando a organização na elaboração de uma pesquisa com estudantes do Ensino Superior sobre suas perspectivas para o futuro.

Trabalhamos também na construção de teoria da mudança para a B3, a fim de auxiliá-los na definição de quais serão seus temas prioritários de atuação em Educação nos próximos anos.

Grandes projetos começaram este ano e só serão concluídos em 2020

Em parceria com o Instituto Rui Barbosa (IRB) e os Tribunais de Contas, estamos realizando um dos maiores mapeamentos de boas práticas no ensino fundamental já feito no Brasil. Não é modo de dizer: foram mais de 100 escolas públicas estudadas, de 69 redes, de todos os 26 estados e do Distrito Federal. A fase de campo já acabou e agora estamos organizando os resultados encontrados.

Fomos também para escolas rurais da região Norte do país, mais especificamente do Amazonas e do Pará, a fim de avaliar a eficácia e as melhorias necessárias em sistemas de ensino mediados por tecnologia, a pedido do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).