Indicador de educação é afetado pela taxa dos aprovados; secretário diz que salto tem a ver com políticas públicas e defende alteração
2.set.2024 às 10h00
Isabela Palhares
Laura Mattos
No mesmo ano em que o Pará registrou um salto histórico no Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), em 2023, o governo Helder Barbalho (MDB) alterou o modelo de aprovação dos alunos e registrou queda nas matrículas do ensino médio.
Na progressão continuada, aplicada nas escolas estaduais paraenses, os estudantes não podem ser reprovados a cada série, mas ao final de ciclos de dois ou três anos. O mecanismo é utilizado em outros estados brasileiros como tentativa de reduzir a evasão escolar.
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Ernesto Faria, diretor do Iede (Interdisciplinaridade e Evidências no Debate Educacional), diz que a decisão de aprovar aqueles que não têm frequência escolar mínima faz com que os estudantes com maior risco de evadir da escola fiquem invisíveis nos registros oficiais.